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Papel velho

NOSSA HISTÓRIA

NOVOS TEMPOS

Em 2014, entra na história Ana Marta Sátyro. Ela se une a Warley como responsável técnica da empresa e logo empreende uma mudança de visão. Aninha, itabirana, química de formação, achava que aquele tesouro produzido entre os morros de Ipoema deveria ganhar o mundo. Warley gostava mesmo era de alambicar. Precisava de reforço para tudo o mais que envolve uma empresa produtora de cachaça. Ana Marta, então, reuniu a própria família e fez uma proposta. O cunhado, Nilson, e o irmão, Luiz, toparam. E os três se tornaram sócios da destilaria. Com Ana Marta no alambique, os processos de produção foram se aprimorando, o envelhecimento ganhou sofisticação e a cachaça que dali brotava se tornou mais complexa, perfumada e misteriosa – Mineira em sua raiz e Ana em seus ramos. E ganhou um novo nome para marcar essa travessia: Cachaça Mineiriana.Ana Marta passou a trabalhar do lado de dentro e do lado de fora da porteira e a Mineiriana ganhou asas. Espalhou-se por Minas Gerais e outros estados, colhendo sempre os elogios dos apreciadores, o que culminou com a premiação no Ranking Cúpula da Cachaça, o mais prestigiado concurso do setor, que, em sua edição de 2020, elegeu a Mineiriana Carvalho a quinta melhor cachaça do Brasil na categoria Premium/Extra Premium. Em Setembro de 2021 a Mineiriana Carvalho ganhou a Medalha Grande Ouro no Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil e, ainda em 2021, ganhou a Medalha de Prata no Concurso Mundial de Bruxelas. Em Fevereiro de 2022, a Mineiriana Carvalho volta a ser bem lembrada no Ranking Cúpula da Cachaça como a décima melhor cachaça na mesma categoria Premium/Extra Premium e já no segundo semestre do mesmo ano, levou a Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas. E segue pelo mundo afora em busca de mais premiações.Lá em Ipoema, nada mudou na rotina. O alambique segue jorrando cachaça com a qualidade que só a soma do olhar treinado para os detalhes do processo e a sapiência dos velhos alambiqueiros consegue produzir.

 A NOSSA CARA 

A nossa mineiridade é marcada pela cultura urbana, sem perder a simplicidade da roça. Isso se reflete nas nossas cachaças. Trabalhamos com os sabores tradicionais, mas buscamos com afinco dar às nossas cachaças diferenciais – criando um elo entre os saberes do passado e as inovações que nos levam ao futuro. As cidades mineiras sempre representaram esse desejo de futuro. E nelas se criou a cultura e, mais que tudo, a musicalidade própria dessas terras. Essa musicalidade – harmoniosa, ousada, doce e picante – está na alma de cada cachaça com os rótulos da Mineiriana.Nosso estado é definido por suas cidades – de todos os portes – e entre elas desponta Belo Horizonte. A capital cresceu rapidamente no século XX como representação do desejo de renovação dos mineiros modernos.O estilo art déco, a partir da década de 1920, espalhou suas formas geométricas por uma cidade que afirmava o seu caráter boêmio, mas sempre honrando as tradições mineiras: o torresmo, a linguiça, a prosa desapressada e, claro, a cachaça. O espírito urbano, o impulso para a renovação, o prazer de viver as coisas da terra... Essas marcas se fundem e se completam na alma mineira e foram inspiração dos rótulos da Cachaça Mineiriana. Os mosaicos de grafismos remetem a construções icônicas da capital mineira, como o Cine Brasil e o Viaduto de Santa Tereza. No entanto, um certo ar de pintura indígena e de estamparia afro perpassa os traços do rótulo desenvolvido pela Thereza Nardelli – em trabalho feito à mão, como uma renda. A textura dos rótulos é porosa, tem camadas e sutilezas, como os rebocos dos prédios que começam a ceder ao tempo. O brilho surge discreto, recatado, em detalhes como o triângulo equilátero da bandeira de Minas, que rebrilha lembrando o metal das ruas e montes de Itabira.Os rótulos são nossas cartas de apresentação e expressam, antes mesmo que a garrafa se abra, a experiência que queremos proporcionar com a Cachaça Mineiriana. “Tudo é belo e cantante na coleção de perfumes das avenidas que levam ao amor, nos espelhos de luz e penumbra onde se projetam os puros jogos de viver.”Drummond

A Mineiriana é de Ipoema, distrito de Itabira, parada nos caminhos da Estada Real. A Mineiriana também é do mundo, porque é de Minas Gerais. 

Mas vamos começar nossa história pelo começo. E esse começo é lá pelos idos de 1930, em Alvinópolis. Lá, seu Dedé Andrade, avô de Warley Andrade, alambiqueiro da Mineiriana, produzia cachaça para vender na região. O engenho e o moinho de pedra funcionavam na base da roda d’água – o moinho ainda está lá, inclusive. Os filhos de Dedé, cuja cachaça tinha ganhado alguma fama, no entanto, acabaram por não dar continuidade à produção, seguindo para outros caminhos. 

Muitos anos depois, no entanto, Afonso, um dos filhos de Dedé, comprou um sítio em Ipoema e resolveu retomar a tradição de alambicagem da família. Parecia só diversão. Mas, no final dos anos 1990, Warley, filho de Afonso e neto de Dedé, decidiu levar a coisa a sério. 

Warley contratou profissionais para projetar um alambique todo novo, encomendou equipamentos de primeira e largou o emprego de oficial de Justiça. Dali para a frente, sua vida seria dentro da destilaria. 

Nascia a Cachaça Ipoema. No rótulo, uma foto do avô de Warley e a dedicatória: “Ao mestre”. Dedé viu o início das obras, mas não testemunhou a primeira alambicada. Morreu aos 92 anos em 2002, mas teve tempo de passar ao neto os ensinamentos do respeito às tradições de artesania, da produção no ritmo ditado pela natureza, que marca a Mineiriana até hoje. 
 

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